PROCESSO
DECISÓRIO
Um processo de decisão inicia-se pela identificação
das necessidades, do que é possível fazer, da informação que está disponível e
da comunicação que precisa ser efetuada. Espera-se que estes elementos,
ordenados numa estrutura lógica, resultem na possibilidade de uma melhor
decisão.
Conforme
diversos autores da área, o processo de tomada de decisão, na maioria das
decisões nas organizações, envolve os seguintes passos:
1. Formular o problema;
2. Estruturar o problema a fim de relacionar suas
partes na forma de um modelo;
3. Proceder a uma montagem técnica do modelo;
4. Testar/simular o modelo e as suas possíveis
soluções;
5. Estabelecer controles sobre a situação e a sua
delimitação; e
6. Implementar a solução na organização.
O
Processo Decisório, por sua vez, é desdobrado em quatro etapas pelos autores
Stoner e Freeman (1999):
A
primeira pressupõe uma investigação minuciosa da situação, em três aspectos:
definição do problema, identificação das metas e diagnóstico; a segunda
constitui-se do levantamento das opções ou alternativas encontradas para
solucionar o problema diagnosticado e, além do levantamento, sugere também a
classificação das alternativas encontradas; a terceira etapa é aquela em que
essas alternativas são colocadas em prova, a fim de serem avaliadas, sendo que
será considerada satisfatória aquela que atenda aos objetivos e às metas
estabelecidas pela organização; e a última etapa consiste na implementação e no
controle da alternativa selecionada.
Observa-se
que os dados provindos de um sistema de informações visam atender às
necessidades dessas etapas que compõem o modelo Racional Decisão é a escolha entre alternativas para
se atingir um objetivo.
A
decisão é um processo sistêmico, paradoxal e contextual, não podendo ser analisada
separadamente das circunstâncias que a envolvem.
A decisão
é um julgamento, uma escolha feita entre alternativas incluindo todos os “o
que”, “quando”, “quem”, “por que” e “como”, que aparecem nos processos de
decisão. Com o intuito de evitar problemas futuros, os administradores devem se
basear em decisões cuidadosamente formuladas.
A
Teoria das Decisões nasceu de Herbert Simon, que a
utilizou para explicar o comportamento humano nas organizações.
O
autor, no seu livro O Comportamento Administrativo
(1970), diz que a Teoria Comportamental concebe a organização como um
sistema de decisões.
Ele
aponta seis elementos clássicos na tomada de decisão:
1
- o tomador de decisão – é a pessoa que faz uma escolha ou opção entre
várias alternativas de ação;
2
- os objetivos – que o tomador de decisão pretende alcançar com suas
ações;
3
- as preferências – critérios que o tomador de decisão usa para fazer
sua escolha;
4
- a estratégia – o curso da ação que o tomador de decisão escolhe para
atingir os objetivos, dependendo dos recursos que venha a dispor;
5
- a situação – aspectos do ambiente que envolvem o tomador de decisão,
muitos dos quais se encontram fora do seu controle, conhecimento ou compreensão
e que afetam sua escolha;
6
- o resultado – é a conseqüência ou resultante de uma dada estratégia de
decisão.
Tipos de decisões
Decisões rotineiras e não rotineiras.
Decisão rotineiras: são
aquelas que se repetem dentro da organização.
A
maioria das decisões de negócios são de natureza rotineira.
Elas
se distinguem não apenas porque se repetem com regularidade, mas também porque
os parâmetros para as tomadas de decisão são bem entendidos.
Decisões não rotineiras
ou não estruturadas: são aquelas que não se repetem dentro da organização.
Pode
ser decisões que serão tomadas uma única vez e são caracterizadas por sua
singularidade.
Decisões estruturadas e não
estruturadas
Decisões
estruturadas se encaixa em um formato pré-determinado que será usado no
processo normal de relatórios.
Decisão
não estruturadas são aquelas que não tem um padrão definido.
A
quantidade de informação necessária para tomar uma decisão gerencial em uma
situação não estruturada não são prontamente aparentes, é difícil projetar um
sistema para fornecer a informação, mas não impossível. A chave é um Sistema
de Informações Gerenciais (SIG) flexível,
Decisões
estratégicas, táticas e operacionais
As
decisões estratégicas são aquelas que determinam os objetivos da
organização como um todo, seus propósitos e direção, sendo uma função exclusiva
da alta administração. A direção da empresa tem o “quadro geral” de todos os
elementos de seu negócio e precisa ser capaz de integrá-los em um todo coerente
no ambiente da organização.
As
decisões estratégicas são mais difíceis, pois o problema e a solução são
desconhecidos, fazendo com que a tomada de decisão seja sempre obtida através
de um processo visando a solução do problema.
As
decisões tomadas nesse âmbito também determinarão como a empresa se relacionará
com os ambientes externos. Já que as políticas estratégicas afetam a empresa
como um todo, elas são mais adequadas quando tomadas no nível mais alto. Essas
políticas e metas não são muito específicas, porque precisam ser aplicadas em
todos os níveis e departamentos.
Em
relação às decisões táticas (ou administrativas), elas são tomadas em um
nível abaixo das decisões estratégicas. Normalmente são tomadas pela gerência
intermediária, como gerentes de divisão ou de departamentos. Essas decisões
envolvem o desenvolvimento de táticas para realizar as metas estratégicas
definidas pela alta gerência.
Decisões
táticas são mais específicas e concretas do que decisões estratégicas e
mais voltadas para a ação. Por exemplo, decisões sobre compras, execução de uma
política de redução de custos, definição do fluxo produtivo ou treinamento do
pessoal, entre outras.
As
decisões táticas são mais simples, podendo-se confiar na capacidade
intuitiva do decisor de tomar a decisão acertada.
E
por último, as decisões operacionais, que são tomadas no nível mais baixo
da estrutura organizacional, no campo da supervisão ou operacional de uma
empresa, e se referem ao curso de operações diárias. Essas decisões determinam
a maneira como as operações devem ser conduzidas – operações desenhadas a
partir de decisões táticas tomadas pela gerência intermediária – e
referem-se à maneira mais eficiente e eficaz de realizar as metas estabelecidas
no nível médio.
O
estabelecimento de um cronograma de melhoria dos equipamentos e a determinação
do nível apropriado de estoque de matérias-primas são exemplos de decisões
operacionais.
Decisões programadas e não programadas
As
decisões programadas caracterizam os problemas que são bem compreendidos,
altamente estruturados, rotineiros e repetitivos e que se prestam aos
procedimentos e regras sistemáticos. Assim, estas decisões são sempre
semelhantes. A retirada de livros de uma biblioteca ou o processamento de um
pedido de pagamento de um fornecedor são exemplos de decisões programadas, pois
são repetitivas e rotineiras.
Quando
a empresa enfrentou esses problemas pela primeira vez, muitos esforços foram
dirigidos para sua solução. Quando foram resolvidos, provavelmente pensaram
muito em como as mudanças poderiam ser rotinizadas. Quando um processo é
produzido e gera soluções aceitáveis, a gerência cria um conceito matemático
aplicado à administração. Criada a variável matemática, gera-se uma repetição estatística,
na qual uma solução aceitável será sempre encontrada.
As
decisões não programadas destinam-se àqueles problemas que não são bem
compreendidos, carecem de estruturação, tendem a ser singulares e não se
prestam aos procedimentos sistêmicos ou rotineiros.
A
chave para entender essas decisões é lembrar que acontecem raramente, ou seja,
existem poucos precedentes para a tomada de decisões.
Fatores que afetam a tomada de decisão
1
- ambiente – apresenta complexidade, é dinâmico e hostil;
2
- organização – distribuição de poder (nível e posição), tipo de organização
(autocracia, burocracia e adocracia) e tipo de cultura (de poder, de papéis, de
pessoas e de tarefas);
3
- característica do decisor – proativo, intuitivo,
reativo, analítico, autônomo, inovador e disposto a correr riscos; e
4
- tipos de assunto – complexos, urgentes, simples, abrangentes e dinâmicos.
Uma
decisão pode ser tomada nas seguintes condições:
1
- decisão em condições de certeza – ocorre quando a decisão é
feita com pleno conhecimento de todos os estados da natureza do processo
decisório. Existe a certeza do que irá ocorrer durante o período em que a
decisão é tomada. É possível atribuir probabilidade 100% a um estado específico
da natureza da decisão. A probabilidade estatística e pragmática do processo
decisório, pode indicar que a posição de 0% será a completa incerteza e a
posição de 100%, ou 1, indica a certeza da tomada de decisão;
2
- decisão em condições de risco – ocorre quando não são
conhecidas as probabilidades associadas a cada um dos estados da natureza do
processo decisório. O número total de estados da natureza é pouco conhecido. Ao
contrário do item anterior, que dispunha de quase 100% de certeza no resultado final,
aqui essa certeza irá variar entre 0% e 100%;
3
- decisão em condições de incerteza ou em condições de ignorância –
ocorre quando não se obteve informações e dados sobre o estados da natureza do
processo decisório, ou mesmo em relação a parcela desses estados. A empresa
possui dados e informações parciais, obtidos com probabilidade incerta ou é
desconhecida a probabilidade associada aos eventos que estão provocando a
decisão; e
4
- decisão em condições de competição ou em condições de conflito –
ocorre quando estratégia e estados da natureza do processo decisório são
determinados pela ação de competidores.
Existem,
obrigatoriamente, dois ou mais gestores externos – outras empresas concorrentes
– envolvidos e o resultado vai depender da escolha de cada um dos decisores nesse
ambiente competitivo.
Estilo do tomador de decisão
1
- indivíduo avesso a problemas (AP) – procura preservar o
status quo e age para evitar
mudanças. Esse gestor trabalha para manter as condições atuais já que, mesmo
não sendo o resultado ideal de um processo de decisão gerencial, são mais práticas
para ele.
Quando
enfrenta dificuldades, ele busca minimizar os conflitos ou simplesmente
ignora-os; assim, é freqüentemente conhecido por encobrir as coisas. Esse
gerente
pode
não reconhecer problemas no ambiente de negócios, se “fazer de cego” diante das
dificuldades e possivelmente será a pessoa que mais resistirá às mudanças,
mesmo que elas ocorram no melhor interesse da empresa.
Os
avessos a problemas são pessoas boas para manter uma organização em curso calmo
e estável, e esse pode ser o estilo de tomada de decisão mais eficaz em
ambientes nos quais existem poucas necessidades de mudanças.
2
- indivíduo solucionador de problemas (SP) – é o de estilo mais comum.
A maioria dos gestores espera ser confrontada com problemas e solucioná-los no
curso normal de suas atividades.
O
SP reconhece que mudanças desnecessárias são infundadas, servem tão somente
para gastar recursos organizacionais e para fomentar uma ilusão de progresso,
confundindo a todos.
Ele
entende e aceita que a empresa, no mundo moderno dos negócios, opere sob
condições de risco e de incerteza. Isso significa que a gestão da empresa
estará freqüentemente em um ambiente muito agitado e competitivo, com o
imperativo de se adaptar às circunstâncias em transformação. Os gestores (e as
empresas) que falham em se adaptar comprometem o lucro e, eventualmente, podem
colocar a organização em risco. A crítica que podemos fazer ao solucionador de
problemas é que esse tipo de gerente se preocupa com os problemas atuais.
No
geral, essa pessoa está sempre reagindo aos problemas à medida que vão
surgindo. Freqüentemente, estes teriam sido mais bem gerenciados se tivessem
sido previstos quando eram menores e podiam ser administrados com mais
eficácia. O gestor solucionador raramente prevê os problemas, mas é muito
eficaz
em
lidar com eles quando se tornam conhecidos; e
3
- indivíduo previsor de problemas (PP) – como o próprio nome
sugere, busca ativamente antecipar os problemas e tenta lidar com eles antes
que se transformem em uma dificuldade maior para a empresa. Esse gestor está
entusiasmado e envolvido com o planejamento futuro e a criação de alternativas.
Ele
não apenas reconhece a necessidade de mudanças, mas acredita que a melhor
maneira de se lidar com elas é prevendo-as, e não meramente reagindo às
necessidades atuais.
Esse
tipo de tomador de decisões faz uso de análise de dados, não simplesmente para
compreender o presente, mas também para prospectar o futuro.
Métodos de análise e solução de problemas
PROBLEMA
Problema é o
resultado indesejável de um trabalho.
A solução de um
problema é possível através das análises das relações entre características e causas
de um problema, executando ações corretivas apropriadas.
Entretanto, esse
processo de estratégica de soluções de problema pode ser abordado sob diversos
ângulos. Consequentemente, quando se usa uma metodologia mal aplicada, não se chega
a ações de melhoria. Sendo assim, é importante entender as relações entre as
causas atuais e as características do problema ou efeito.
O MASP na
verdade é um procedimento utilizado para a resolução de problemas.
Os procedimentos
padronizados são úteis no desenvolvimento deste entendimento. Para solucionar
problemas em qualquer área, existem procedimentos e regras.
Se estes não
forem usados adequadamente, não se pode vencer os obstáculos e obter o sucesso.
O mesmo é
verdade na solução para obter resultados positivos.
É necessário
conhecer as verdadeiras causas para implementar melhorias e alcançar as metas.
METODO DE ANÁLISE E SOLUÇÃO DE PROBLEMAS - MASP
O MASP aqui
apresentado foi estruturado de maneira a ajudar o administrador a solucionar os
problemas, colocando este assunto dentro de um processo adequado de anál ise, e
fornecendo aos gerentes meios para:
• Analisar e
priorizar os problemas .
• Identificar
algumas situações que exigem atenção e que às vezes não estão claras.
• Estabelecer o
controle rapidamente em determinada situações.
• Planejar um
trabalho que será feito.
O MASP é um
processo dinâmico na busca de soluções para uma determinada situação.
Não é um
processo rígido e sim um processo flexível em cada caso com que de se
defrontar.
Ele procura encontrar
respostas tais, como:
• Priorização do
problema.
• Divisão do
problema em partes que possam ser analisáveis.
• Verificações
das situações que necessitam de atenção.
O objetivo é
aumentar a probabilidade de resolver satisfatoriamente uma situação onde um problema
tenha surgido.
A solução de
problema é um processo que segue uma sequencia lógica, começando pela identificação
do problema, continuando pela análise e terminando com a tomada de decisão.
Cada etapa
descreve os objetivos, as atividades a serem desenvolvidas, as pessoas
envolvidas e as ferramentas mais usadas, no sentido que o administrador
compreenda e saiba como aplicá-los em seu trabalho.
Ele precisa
estar informado de todas as situações, e processar todos esses dados a respeito
do problema que possa vir a encontrar .
A análise do
problema é um processo lógico de estreitar um corpo de informação durante a busca
por uma solução.
A cada estágio,
a informação vai surgindo, à medida que o processo se movimenta para o que está
errado, passando para o problema a ser tratado e a segui r para as possíveis
causas que fizeram o problema surgir, e finalmente para a causa mais provável
com uma ação corretiva específica em relação ao problema.
O administrador
precisa organizar o sistema para que os passos sigam uma ordem determinada, e
deve também seguir as etapas de acordo como descrito no roteiro, afim de que o
trabalho possa ser executado.
Diversos autores
apresentam uma metodologia baseada em uma sequencia própria.
Muitas são as sequencias
de atividades, sendo que cada caso está baseada no raciocínio e na lógica.
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