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quinta-feira, 16 de maio de 2013

Prescrição e decadência


Pessoal, estamos na reta final para prova do concurso do TJ. Esse texto de direito civil trata de prescrição e decadência, que possivelmente deve ter uma questão, pelo menos.
Lembro do nosso AULAO 2 no próximo dia 30/5 (no feriado) começando às 9h. São 130 questões sobre Civil, Processual Civil, Administrativo, Constitucional e Legislação. VAMOS LÁ.

Quem for fazer o concurso do Tribunal de Contas do Estado, vamos fazer um módulo começando no último sábado de maio - somente questões discursivas. 

AGORA VAMOS ESTUDAR....E PASSAR

Prescrição

Prescrição é a perda do direito de ação para pleitear um direito pelo decurso de prazo. Isso significa que o titular de um direito perde o direito de ingressar com uma ação para que o Estado-juiz processe o seu pedido e diga o seu direito.
A prescrição ocorre quando o titular deixa de exercer o seu direito dentro do prazo estabelecido pela lei (prazo prescricional).
Art. 189. Violado o direito, nasce para o titular a pretensão, a qual se extingue, pela prescrição, nos prazos a que aludem os arts. 205 e 206.
Os prazos prescricionais são: Art. 205 CC
1 -  em dez anos, quando a lei não lhe haja fixado prazo menor.
2 - em um ano Art. 206.
I - a pretensão dos hospedeiros ou fornecedores de víveres destinados a consumo no próprio estabelecimento, para o pagamento da hospedagem ou dos alimentos;
II - a pretensão do segurado contra o segurador, ou a deste contra aquele, contado o prazo:
a) para o segurado, no caso de seguro de responsabilidade civil, da data em que é citado para responder à ação de indenização proposta pelo terceiro prejudicado, ou da data que a este indeniza, com a anuência do segurador;
b) quanto aos demais seguros, da ciência do fato gerador da pretensão;
III - a pretensão dos tabeliães, auxiliares da justiça, serventuários judiciais, árbitros e peritos, pela percepção de emolumentos, custas e honorários;
IV - a pretensão contra os peritos, pela avaliação dos bens que entraram para a formação do capital de sociedade anônima, contado da publicação da ata da assembleia que aprovar o laudo;
V - a pretensão dos credores não pagos contra os sócios ou acionistas e os liquidantes, contado o prazo da publicação da ata de encerramento da liquidação da sociedade.
3 - Em dois anos, a pretensão para haver prestações alimentares, a partir da data em que se vencerem.
4 - Em três anos:
I - a pretensão relativa a aluguéis de prédios urbanos ou rústicos;
II - a pretensão para receber prestações vencidas de rendas temporárias ou vitalícias;
III - a pretensão para haver juros, dividendos ou quaisquer prestações acessórias, pagáveis, em períodos não maiores de um ano, com capitalização ou sem ela;
IV - a pretensão de ressarcimento de enriquecimento sem causa;
V - a pretensão de reparação civil;
VI - a pretensão de restituição dos lucros ou dividendos recebidos de má-fé, correndo o prazo da data em que foi deliberada a distribuição;
VII - a pretensão contra as pessoas em seguida indicadas por violação da lei ou do estatuto, contado o prazo:
a) para os fundadores, da publicação dos atos constitutivos da sociedade anônima;
b) para os administradores, ou fiscais, da apresentação, aos sócios, do balanço referente ao exercício em que a violação tenha sido praticada, ou da reunião ou assembleia geral que dela deva tomar conhecimento;
c) para os liquidantes, da primeira assembleia semestral posterior à violação;
VIII - a pretensão para haver o pagamento de título de crédito, a contar do vencimento, ressalvadas as disposições de lei especial;
IX - a pretensão do beneficiário contra o segurador, e a do terceiro prejudicado, no caso de seguro de responsabilidade civil obrigatório.
5 - Em quatro anos, a pretensão relativa à tutela, a contar da data da aprovação das contas.
6 -  Em cinco anos:
I - a pretensão de cobrança de dívidas líquidas constantes de instrumento público ou particular;
II - a pretensão dos profissionais liberais em geral, procuradores judiciais, curadores e professores pelos seus honorários, contado o prazo da conclusão dos serviços, da cessação dos respectivos contratos ou mandato;
III - a pretensão do vencedor para haver do vencido o que despendeu em juízo.
Renuncia da prescrição Art. 191 CC.
 A renúncia da prescrição pode ser expressa ou tácita, e só valerá, sendo feita, sem prejuízo de terceiro.
Depois que a prescrição se consumar; tácita é a renúncia quando se presume de fatos do interessado, incompatíveis com a prescrição.
Inalterabilidade dos prazos de prescrição Art. 192.
Os prazos de prescrição não podem ser alterados por acordo das partes.
Grau de jurisdição onde pode ser arguida a prescrição Art. 193.
A prescrição pode ser alegada em qualquer grau de jurisdição, pela parte a quem aproveita.
Direito dos incapazes contra representantes ou assistentes Art. 195.
Os relativamente incapazes e as pessoas jurídicas têm ação contra os seus assistentes ou representantes legais, que derem causa à prescrição, ou não a alegarem oportunamente.
Sucessão e prescrição Art. 196.
A prescrição iniciada contra uma pessoa continua a correr contra o seu sucessor.
Causas que Impedem ou Suspendem a Prescrição Art. 197, 198 e 199
Não corre a prescrição:
I - entre os cônjuges, na constância da sociedade conjugal;
II - entre ascendentes e descendentes, durante o poder familiar;
III - entre tutelados ou curatelados e seus tutores ou curadores, durante a tutela ou curatela.
Iv - contra os absolutamente incapazes incapazes;
V - contra os ausentes do País em serviço público da União, dos Estados ou dos Municípios;
VI - contra os que se acharem servindo nas Forças Armadas, em tempo de guerra.
VII - pendendo condição suspensiva;
VIII - não estando vencido o prazo;
IX - pendendo ação de evicção.
Fato apurado no juízo criminal Art. 200.
Quando a ação se originar de fato que deva ser apurado no juízo criminal, não correrá a prescrição antes da respectiva sentença definitiva.
Causas que Interrompem a Prescrição Art. 202.
A interrupção da prescrição, que somente poderá ocorrer uma vez, dar-se-á:
I - por despacho do juiz, mesmo incompetente, que ordenar a citação, se o interessado a promover no prazo e na forma da lei processual;
II - por protesto, nas condições do inciso antecedente;
III - por protesto cambial;
IV - pela apresentação do título de crédito em juízo de inventário ou em concurso de credores;
V - por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor;
VI - por qualquer ato inequívoco, ainda que extrajudicial, que importe reconhecimento do direito pelo devedor.
A prescrição interrompida recomeça a correr da data do ato que a interrompeu, ou do último ato do processo para a interromper.
A prescrição pode ser interrompida por qualquer interessado. Art. 203.
Situações especiais de interrupção da prescrição Art. 204.
A interrupção da prescrição por um credor não aproveita aos outros; semelhantemente, a interrupção operada contra o co-devedor, ou seu herdeiro, não prejudica aos demais coobrigados.
 A interrupção por um dos credores solidários aproveita aos outros; assim como a interrupção efetuada contra o devedor solidário envolve os demais e seus herdeiros.
A interrupção operada contra um dos herdeiros do devedor solidário não prejudica os outros herdeiros ou devedores, senão quando se trate de obrigações e direitos indivisíveis.
A interrupção produzida contra o principal devedor prejudica o fiador.
Decadência
É a perda material do direito. Aqui o próprio direito sucumbe.
Inaplicabilidade dos preceitos da prescrição Art. 207.
 Salvo disposição legal em contrário, não se aplicam à decadência as normas que impedem, suspendem ou interrompem a prescrição.
Direito dos incapazes contra representantes ou assistentes Art. 195 e 208
Os relativamente incapazes e as pessoas jurídicas têm ação contra os seus assistentes ou representantes legais, que derem causa à prescrição, ou não a alegarem oportunamente.
Não ocorre prescrição contra os absolutamente incapazes - art. 208 e 198, inciso I.
Renúncia da decadência  e nulidade Art. 209.
É nula a renúncia à decadência fixada em lei.
Deve o juiz, de ofício, conhecer da decadência, quando estabelecida por lei. Art. 210.
Decadência convencional Art. 211.
Se a decadência for convencional, a parte a quem aproveita pode alegá-la em qualquer grau de jurisdição, mas o juiz não pode suprir a alegação.

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