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sábado, 12 de maio de 2012

Pacto pela saúde


PORTARIA Nº 399/GM DE 22 DE FEVEREIRO DE 2006.



Objeto: Divulga o Pacto pela Saúde 2006



Origem:



a) Diretrizes Operacionais do Pacto pela Saúde em 2006 – Consolidação do SUS aprovado pela CIT em 26/1/2006; e



b) Diretrizes Operacionais do Pacto pela Saúde em 2006 – Consolidação do SUS aprovado no Conselho Nacional de Saúde em 9/2/2006,





PACTO PELA SAÚDE 2006

Consolidação do SUS



O Sistema Único de Saúde - SUS é uma política pública de saúde.



Estrutura (dados da portaria)



Mais de 63 mil unidades ambulatoriais

Cerca de 6 mil unidades hospitalares

Mais de 440 mil leitos



Produção anual



Aproximadamente de 12 milhões de internações hospitalares;

1 bilhão de procedimentos de atenção primária à saúde;

150 milhões de consultas médicas;

2 milhões de partos;

300 milhões de exames laboratoriais;

132 milhões de atendimentos de alta complexidade;

14 mil transplantes de órgãos.









Ranking



Segundo país do mundo em número de transplantes



Reconhecido internacionalmente pelo seu progresso:



- no atendimento universal às Doenças Sexualmente Transmissíveis/AIDS

- na implementação do Programa Nacional de Imunização

- no atendimento relativo à Atenção Básica.



Problemas do sistema



- dificuldade de imposição de normas gerais a um país tão grande e desigual;



- fixação em conteúdos normativos de caráter técnico-processual com detalhamento excessivo e enorme complexidade. 





Proposta para superação das dificuldades



Construção do PACTO PELA SAÚDE 2006 (revisão anual)



O Pacto pela Saúde tem os seguintes componentes: Pacto pela Vida, Pacto em Defesa do SUS e Pacto de Gestão do SUS.





I – O PACTO PELA VIDA:



O Pacto pela Vida está constituído por um conjunto de compromissos sanitários, expressos em objetivos de processos e resultados e derivados da análise da situação de saúde do País e das prioridades definidas pelos governos federal, estaduais e municipais.



Significa uma ação prioritária no campo da saúde que deverá ser executada com foco em resultados. 

As prioridades do PACTO PELA VIDA e seus objetivos para 2006 são:



SAÚDE DO IDOSO:

Implantar a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa, buscando a atenção integral.



CÂNCER DE COLO DE ÚTERO E DE MAMA:

Contribuir para a redução da mortalidade por câncer de colo do útero e de mama.



MORTALIDADE INFANTIL E MATERNA:

Reduzir a mortalidade materna, infantil neonatal, infantil por doença diarréica e por pneumonias.



DOENÇAS EMERGENTES E ENDEMIAS(ÊNFASE NA DENGUE, HANSENÍASE, TUBERCULOSE, MALÁRIA E INFLUENZA)

Fortalecer a capacidade de resposta do sistema de saúde às doenças emergentes e endemias.



PROMOÇÃO DA SAÚDE:

Elaborar e implantar a Política Nacional de Promoção da Saúde, com ênfase na adoção de hábitos saudáveis:prática de atividade física regular, alimentação saudável e combate ao tabagismo.



ATENÇÃO BÁSICA À SAÚDE

Consolidar e qualificar a estratégia da Saúde da Família.





II – O PACTO EM DEFESA DO SUS:



Envolve ações concretas e articuladas pelas três instâncias federativas no sentido de:



- reforçar o SUS como política de Estado mais do que política de governos;



-defender os princípios basilares dessa política pública, inscritos na Constituição Federal (acesso universal, integralidade, gratuidade, isonomia).



Concretização do Pacto:



Movimento de repolitização da saúde, com estratégia de mobilização social vinculada ao processo de instituição da saúde como direito de cidadania, tendo o financiamento público da saúde como um dos pontos centrais.



As prioridades do Pacto em Defesa do SUS são:



IMPLEMENTAR UM PROJETO PERMANENTE DE MOBILIZAÇÃO SOCIAL COM A FINALIDADE DE:



Mostrar a saúde como direito de cidadania e o SUS como sistema público universal garantidor desses direitos;



Alcançar, no curto prazo, a regulamentação da Emenda Constitucional nº 29, pelo Congresso Nacional (LC 141/2012);



Garantir, no longo prazo, o incremento dos recursos orçamentários e financeiros para a saúde.



Aprovar o orçamento do SUS, composto pelos orçamentos das três esferas de gestão.



ELABORAR E DIVULGAR A CARTA DOS DIREITOS DOS USUÁRIOS DO SUS



III – O PACTO DE GESTÃO DO SUS



O Pacto de Gestão estabelece as responsabilidades de cada ente federado de forma a diminuir as competências concorrentes contribuindo para gestão compartilhada e solidária do SUS.



Pressupostos


- descentralização de atribuições do Ministério da Saúde para os estados, e para os municípios



- desburocratização dos processos normativos.



- importância da participação e do controle social (qualificação).



- financiamento público tripartite



- transferência fundo a fundo entre gestores



- recursos em blocos o financiamento federal



- relações contratuais entre os entes federativos (contrato organizativo de ações de saúde).



As prioridades do Pacto de Gestão são:



DEFINIR A RESPONSABILIDADE SANITÁRIA DE CADA INSTÂNCIA GESTORA DO SUS.



ESTABELECER AS DIRETRIZES PARA A GESTÃO DO SUS, com ênfase na Descentralização; Regionalização; Financiamento; Programação Pactuada e Integrada; Regulação; Participação e Controle Social; Planejamento; Gestão do Trabalho e Educação na Saúde.





Anexo II



DIRETRIZES OPERACIONAIS DO PACTO PELA SAÚDE EM 2006 – CONSOLIDAÇÃO DO SUS





I – PACTO PELA VIDA



O Pacto pela Vida é o compromisso entre os gestores do SUS em torno de prioridades que apresentam impacto sobre a situação de saúde.



São seis as prioridades pactuadas:



Saúde do idoso;

Controle do câncer de colo de útero e de mama;

Redução da mortalidade infantil e materna;

Fortalecimento da capacidade de respostas às doenças emergentes e endemias,  com ênfase na dengue, hanseníase, tuberculose, malária e influenza;

Promoção da Saúde;

Fortalecimento da Atenção Básica.



A – SAÚDE DO IDOSO



Para efeitos desse Pacto será considerada idosa a pessoa com 60 anos ou mais.



1 - O trabalho nesta área deve seguir as seguintes diretrizes:



Promoção do envelhecimento ativo e saudável;

Atenção integral e integrada à saúde da pessoa idosa;

A implantação de serviços de atenção domiciliar;

O acolhimento preferencial em unidades de saúde;

Fortalecimento da participação social;

Formação e educação permanente dos profissionais de saúde do SUS na área de saúde da pessoa idosa;



2 - Ações estratégicas:



Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa



Manual de Atenção Básica e Saúde para a Pessoa Idosa



Programa de Educação Permanente à Distância



Acolhimento - Reorganizar o processo de acolhimento à pessoa idosa nas unidades de saúde.



Assistência Farmacêutica - Desenvolver ações que visem qualificar a dispensação e o acesso da população idosa.



Atenção Diferenciada na Internação - Instituir avaliação geriátrica global realizada por equipe multidisciplinar



Atenção domiciliar



B– CONTROLE DO CÂNCER DE COLO DE ÚTERO E DE MAMA:



1 - Objetivos e metas para o Controle do Câncer de Colo de Útero:

Cobertura de 80% para o exame preventivo do câncer do colo de útero, conforme protocolo, em 2006.



Incentivo da realização da cirurgia de alta freqüência técnica que utiliza um instrumental especial para a retirada de lesões ou parte do colo uterino comprometidas



2 – Metas para o Controle do Câncer de mama:



Ampliar para 60% a cobertura de mamografia.



Realizar a punção em 100% dos casos necessários.



C – REDUÇÃO DA MORTALIDADE MATERNA E INFANTIL:



1 - Objetivos e metas para a redução da mortalidade infantil



Reduzir a mortalidade neonatal em 5%, em 2006.

Reduzir em 50% os óbitos por doença diarréica e 20% por pneumonia, em 2006.



2 - Objetivos e metas para a redução da mortalidade materna



Reduzir em 5% a razão de mortalidade materna, em 2006.

Garantir insumos e medicamentos para tratamento das síndromes hipertensivas no parto.



D – FORTALECIMENTO DA CAPACIDADE DE RESPOSTAS ÀS DOENÇAS EMERGENTES E ENDEMIAS, COM ÊNFASE NA DENGUE, HANSENIASE, TUBERCULOSE, MALARIA E INFLUENZA.



Objetivos e metas para o Controle da Dengue



Plano de Contingência para atenção aos pacientes, elaborado e implantado nos municípios prioritários, em 2006;

Reduzir a menos de 1% a infestação predial por Aedes aegypti em 30% dos municípios prioritários ate 2006;



2 - Meta para a Eliminação da Hanseníase:



Atingir o patamar de eliminação enquanto problema de saúde pública, ou seja, menos de 1 caso por 10.000 habitantes em todos os municípios prioritários, em 2006.



3 - Metas para o Controle da Tuberculose:

Atingir pelo menos 85% de cura de casos novos de tuberculose bacilífera diagnosticados a cada ano;



4- Meta para o Controle da Malária

Reduzir em 15% a Incidência Parasitária Anual, na região da Amazônia Legal, em 2006;



5 – Objetivo  para o controle da Influenza



Implantar plano de contingência, unidades sentinelas e o sistema de informação.



E – PROMOÇÃO DA SAÚDE



1 - Objetivos:



Enfatizar a mudança de comportamento da população brasileira para a prática de atividade física regular, alimentação adequada e saudável e combate ao tabagismo;



Promover medidas pelo hábito da alimentação saudável;



F – FORTALECIMENTO DA ATENÇÃO BÁSICA



1 - Objetivos



Assumir a estratégia de saúde da família.



Ampliar e qualificar a estratégia de saúde da família nos grandes centros urbanos.



Garantir o financiamento da Atenção Básica como responsabilidade das três esferas de gestão do SUS.



Aprimorar a inserção dos profissionais da Atenção Básica nas redes locais de saúde, por meio de vínculos de trabalho que favoreçam o provimento e fixação dos profissionais.



Implantar o processo de monitoramento e avaliação da Atenção Básica nas três esferas de governo.





II - PACTO EM DEFESA DO SUS



A – DIRETRIZES



1- Expressar os compromissos entre os gestores do SUS com a consolidação da Reforma Sanitária Brasileira.



2 - O Pacto em Defesa do SUS deve se firmar através de iniciativas que busquem:



A repolitização da saúde, como um movimento que retoma a Reforma Sanitária Brasileira aproximando-a dos desafios atuais do SUS;



A Promoção da Cidadania como estratégia de mobilização social tendo a questão da saúde como um direito;



A garantia de financiamento de acordo com as necessidades do Sistema;



3 – Ações do Pacto em Defesa do SUS:



As ações do Pacto em Defesa do SUS devem contemplar:



Articulação e apoio à mobilização social pela promoção e desenvolvimento da cidadania, tendo a questão da saúde como um direito;



Estabelecimento de diálogo com a sociedade, além dos limites institucionais do SUS;



Elaboração e publicação da Carta dos Direitos dos Usuários do SUS;



III - PACTO DE GESTÃO



Diretrizes para gestão do sistema nos aspectos da Descentralização;Regionalização; Financiamento; Planejamento; Programação Pactuada e Integrada – PPI; Regulação; Participação Social e Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde.



DIRETRIZES PARA A GESTÃO DO SUS



Premissas da descentralização



Ênfase na descentralização compartilhada, são fixadas as seguintes premissas, que devem orientar este processo:



Descentralização dos processos administrativos relativos à gestão para as Comissões Intergestores Bipartite;



As deliberações das Comissões Intergestores Bipartite e Tripartite devem ser por consenso;



Regionalização



A Regionalização é uma diretriz do Sistema Único de Saúde e um eixo estruturante do Pacto de Gestão e deve orientar a descentralização das ações e serviços de saúde e os processos de negociação e pactuação entre os gestores.



Instrumentos de planejamento da Regionalização são:





1 - Plano Diretor de Regionalização – PDR



Processo de identificação e reconhecimento das regiões de saúde, objetivando a garantia do acesso, a promoção da equidade, a garantia da integralidade da atenção, a qualificação do processo de descentralização e a racionalização de gastos e otimização de recursos.



2 - Plano Diretor de Investimento – PDI



Expressa os recursos de investimentos para atender as necessidades pactuadas no processo de planejamento regional e estadual.



3 - Programação Pactuada e Integrada da Atenção em Saúde – PPI



A PPI é um processo que visa definir a programação das ações de saúde em cada território e nortear a alocação dos recursos financeiros.



Objetivos da Regionalização:



Garantir acesso, resolutividade e qualidade às ações e serviços de saúde;



Garantir o direito à saúde, reduzir desigualdades sociais e territoriais e promover a eqüidade.



Garantir a integralidade na atenção a saúde.



Potencializar o processo de descentralização



Formato das regiões de saúde



Regiões intraestaduais, compostas por mais de um município, dentro de um mesmo estado;



Regiões Intramunicipais, organizadas dentro de um município de grande extensão territorial e densidade populacional;



Regiões Interestaduais, conformadas a partir de municípios limítrofes em diferentes estados;



Regiões Fronteiriças, conformadas a partir de municípios limítrofes com países vizinhos.



Financiamento do Sistema Único de Saúde



Responsabilidade das três esferas de gestão pelo financiamento do Sistema Único de Saúde;



Redução das diferenças macrorregionais, estaduais e regionais, a ser contemplada na metodologia de alocação de recursos, considerando também as dimensões étnico-racial e social;



Repasse fundo a fundo, definido como modalidade preferencial de transferência de recursos entre os gestores;



Financiamento de custeio com recursos federais constituído, organizados e transferidos em blocos de recursos;



O uso dos recursos federais para o custeio fica restrito a cada bloco, atendendo as especificidades previstas nos mesmos, conforme regulamentação específica;



Os blocos de financiamento para o custeio são:



Atenção básica

Atenção de média e alta complexidade

Vigilância em Saúde

Assistência Farmacêutica

Gestão do SUS



Bloco de financiamento para a Atenção Básica



O financiamento da Atenção Básica é de responsabilidade das três esferas, com os seguintes componentes:



- Piso da Atenção Básica



- Piso da Atenção Básica Variável



O Piso de Atenção Básica - PAB consiste em um montante de recursos financeiros, que agregam as estratégias destinadas ao custeio de ações de atenção básica à saúde;



Os recursos financeiros do PAB serão transferidos mensalmente, de forma regular e automática, do Fundo Nacional de Saúde aos Fundos de Saúde dos Municípios e do Distrito Federal.



O Piso da Atenção Básica Variável - PAB Variável consiste em um montante financeiro destinado ao custeio de estratégias específicas na Atenção Básica em Saúde.



Estratégias:



Saúde da Família;

Agentes Comunitários de Saúde;

Saúde Bucal;

Compensação de especificidades regionais

Fator de incentivo da Atenção Básica aos Povos Indígenas

Incentivo à Saúde no Sistema Penitenciário





Bloco de financiamento para a Atenção de Média e Alta Complexidade



Os recursos correspondentes ao financiamento dos procedimentos relativos à média e alta complexidade Ambulatorial e Hospitalar do Distrito Federal, dos Estados e dos Municípios. 



Estratégicas e Compensação:



Transplantes;



Ações Estratégicas Emergenciais, de caráter temporário, implementadas com prazo pré-definido; (SAMU)



Bloco de financiamento para a Vigilância em Saúde



É composto por dois componentes: da Vigilância Epidemiológica e Ambiental em Saúde e o componente da Vigilância Sanitária em Saúde;



Fortalecimento da Gestão da Vigilância em Saúde em Estados e Municípios (VIGISUS II)



Campanhas de Vacinação



Incentivo do Programa DST/AIDS



Bloco de financiamento para a Assistência Farmacêutica



A Assistência Farmacêutica será financiada pelos três gestores do SUS devendo agregar a aquisição de medicamentos e insumos e a organização das ações de assistência farmacêutica necessárias.

O Bloco de financiamento da Assistência Farmacêutica se organiza em três componentes: Básico, Estratégico e Medicamentos de Dispensação Excepcional.



O Componente Básico da Assistência Farmacêutica consiste em financiamento para ações de assistência farmacêutica na atenção básica em saúde.



O Componente Básico é composto de uma Parte Fixa e de uma Parte Variável, sendo:



Parte Fixa: valor com base per capita para ações de assistência farmacêutica para a Atenção Básica, transferido Municípios, Distrito Federal e Estados, conforme pactuação nas CIB e com contrapartida financeira dos estados e dos municípios.



Parte Variável: valor com base per capita para ações de assistência farmacêutica dos Programas de Hipertensão e Diabetes, exceto insulina; Asma e Rinite; Saúde Mental; Saúde da Mulher; Alimentação e Nutrição e Combate ao Tabagismo.



O Componente Estratégico da Assistência Farmacêutica consiste em financiamento para ações de assistência farmacêutica de programas estratégicos.



Controle de Endemias: Tuberculose, Hanseníase, Malária e Leischmaniose, Chagas e outras doenças endêmicas de abrangência nacional ou regional;



Programa de DST/AIDS (anti-retrovirais);



Programa Nacional do Sangue e Hemoderivados;



Imunobiológicos;



Insulina;



O Componente Medicamentos de Dispensação Excepcional

A responsabilidade pelo financiamento e aquisição dos medicamentos de dispensação excepcional é do Ministério da Saúde e dos Estados, conforme pactuação e a dispensação, responsabilidade do Estado.



Bloco de financiamento para a Gestão do Sistema Único de Saúde



Custeio de ações específicas relacionadas com a organização dos serviços de saúde, acesso da população e aplicação dos recursos financeiros do SUS.



O financiamento deverá apoiar iniciativas de fortalecimento da gestão, sendo composto pelos seguintes sub-blocos:



Regulação, controle, avaliação e auditoria

Planejamento e Orçamento

Programação

Regionalização

Participação e Controle Social

Gestão do Trabalho

Educação em Saúde

Incentivo à Implementação de políticas específicas



Regulação da Atenção à Saúde e Regulação Assistencial



As ações da Regulação da Atenção à Saúde compreendem a Contratação, a Regulação do Acesso à Assistência ou Regulação Assistencial, o Controle Assistencial, a Avaliação da Atenção à Saúde, a Auditoria Assistencial e as regulamentações da Vigilância Epidemiológica e Sanitária.



Contratação - o conjunto de atos que envolvem desde a habilitação dos serviços/prestadores até a formalização do contrato na sua forma jurídica.



Regulação do Acesso à Assistência ou Regulação Assistencial - conjunto de relações, saberes, tecnologias e ações que intermedeiam a demanda dos usuários por serviços de saúde e o acesso a estes.



Complexos Reguladores - uma das estratégias de Regulação Assistencial, consistindo na articulação e integração de Centrais de Atenção Pré-hospitalar e Urgências, Centrais de Internação, Centrais de Consultas e Exames, Protocolos Assistenciais com a contratação, controle assistencial e avaliação, assim como com outras funções da gestão como programação e regionalização.



Auditoria Assistencial ou clínica – processo regular que visa aferir e induzir qualidade do atendimento amparada em procedimentos, protocolos e instruções de trabalho normatizados e pactuados.  





Participação e Controle Social



Apoiar os conselhos de saúde, as conferências de saúde e os movimentos sociais que atuam no campo da saúde, com vistas ao seu fortalecimento para que os mesmos possam exercer plenamente os seus papéis;



Apoiar o processo de formação dos conselheiros;



Apoiar a implantação e implementação de ouvidorias nos estados e municípios.



Gestão do Trabalho



A política de recursos humanos para o SUS é um eixo estruturante e deve buscar a valorização do trabalho e dos trabalhadores de saúde, o tratamento dos conflitos, a humanização das relações de trabalho;



As Diretrizes para Planos de Cargos e Carreira do SUS devem ser um instrumento que visa regular as relações de trabalho e o desenvolvimento do trabalhador, bem como a consolidação da carreira como instrumento estratégico para a política de recursos humanos no Sistema;



RESPONSABILIDADES GERAIS DA GESTÃO DO SUS



MUNICÍPIOS



Todo município é responsável pela integralidade da atenção à saúde da sua população, exercendo essa responsabilidade de forma solidária com o estado e a união;



ESTADOS



Coordenar, acompanhar e avaliar, no âmbito estadual, a implementação dos Pactos Pela Vida e de Gestão e seu Termo de Compromisso;



DISTRITO FEDERAL



Responder, solidariamente com a união, pela integralidade da atenção à saúde da população;



UNIÃO



Formular e implementar políticas para áreas prioritárias, conforme definido nas diferentes instâncias de pactuação;



RESPONSABILIDADES NA REGIONALIZAÇÃO



MUNICÍPIOS



Todo município deve contribuir para a constituição e fortalecimento do processo de regionalização solidária e cooperativa, assumindo os compromissos pactuados;



ESTADOS



Contribuir para a constituição e fortalecimento do processo de regionalização solidária e cooperativa, assumindo os compromissos pactuados;



DISTRITO FEDERAL



Participar dos colegiados de gestão regional, cumprindo suas obrigações técnicas e financeiras, conforme pactuação estabelecida;



UNIÃO



Fomentar a constituição das regiões de saúde fronteiriças, participando do funcionamento de seus colegiados de gestão regionais.



RESPONSABILIDADES NO PLANEJAMENTO E PROGRAMAÇÃO



MUNICÍPIOS



elaborar relatório de gestão anual, a ser apresentado e submetido à aprovação do Conselho de Saúde correspondente;



ESTADOS



Formular, gerenciar, implementar e avaliar o processo permanente de planejamento participativo e integrado, de base local e ascendente, orientado por problemas e necessidades em saúde, com a constituição de ações para a promoção, a proteção, a recuperação e a reabilitação em saúde, construindo nesse processo o plano estadual de saúde, submetendo-o à aprovação do Conselho Estadual de Saúde;



DISTRITO FEDERAL



Operar os sistemas de informação referentes à atenção básica e alimentar regularmente os bancos de dados nacionais, assumindo a responsabilidade pela gestão, no nível local.

UNIÃO



Formular, no plano nacional de saúde, e pactuar no âmbito da  CIT, a política nacional de atenção em saúde, incluindo ações intersetoriais voltadas para a promoção da saúde;



RESPONSABILIDADES NA REGULAÇÃO, CONTROLE, AVALIAÇÃO E AUDITORIA



MUNICÍPIOS



monitorar e fiscalizar a aplicação dos recursos financeiros provenientes de transferência regular e automática (fundo a fundo) e por convênios;



ESTADOS



Elaborar as normas técnicas complementares à da esfera federal, para o seu território;



DISTRITO FEDERAL



Realizar a identificação dos usuários do SUS no âmbito do Distrito Federal, com vistas à vinculação de clientela e à sistematização da oferta dos serviços;



UNIÃO



Cooperar tecnicamente com os estados, o Distrito Federal e os municípios para a qualificação das atividades de cadastramento, contratação, regulação, controle, avaliação, auditoria e pagamento aos prestadores dos serviços vinculados ao SUS;





5 – RESPONSABILIDADES NA GESTÃO DO TRABALHO



MUNICÍPIOS



promover e desenvolver políticas de gestão do trabalho, considerando os princípios da humanização, da participação e da democratização das relações de trabalho;



ESTADOS



Promover espaços de negociação permanente entre trabalhadores e gestores, no âmbito estadual e regional;



DISTRITO FEDERAL



Considerar as diretrizes nacionais para Planos de Carreiras, Cargos e Salários para o SUS – PCCS/SUS, quando da elaboração, implementação e/ou reformulação de Planos de Cargos e Salários no âmbito da gestão do Distrito Federal;



UNIÃO



Promover, desenvolver e pactuar políticas de gestão do trabalho considerando os princípios da humanização, da participação e da democratização das relações de trabalho, apoiando os gestores estaduais e municipais na implementação das mesmas;



RESPONSABILIDADES NA EDUCAÇÃO NA SAÚDE



MUNICÍPIOS



promover diretamente ou em cooperação com o estado, com os municípios da sua região e com a união, processos conjuntos de educação permanente em saúde;



ESTADOS



Formular, promover e apoiar a gestão da educação permanente em saúde e processos relativos à mesma no âmbito estadual;



DISTRITO FEDERAL



Articular e participar das políticas regulatórias e de indução de mudanças no campo da graduação e da especialização das profissões de saúde;



UNIÃO



Propor e pactuar políticas regulatórias no campo da graduação e da especialização das profissões de saúde;



RESPONSABILIDADES NA PARTICIPAÇÃO E CONTROLE SOCIAL



MUNICÍPIOS



apoiar a mobilização social e institucional em defesa do SUS;



prover as condições materiais, técnicas e administrativas para funcionamento do Conselho Municipal de Saúde;



organizar e prover à realização de Conferências Municipais de Saúde;



estimular a discussão e controle social no espaço regional;



apoiar o processo de formação dos conselheiros de saúde;



promover ações de informação e conhecimento do SUS;



Apoiar os processos de educação popular em saúde



Implementar ouvidoria



ESTADOS



Mesmas competências do município sob o foco estadual



DISTRITO FEDERAL



Mesmas competências dos estados.



UNIÃO



Mesmas competências dos Estados e Municípios sob o foco nacional.



V - IMPLANTAÇÃO E MONITORAMENTO DOS PACTOS PELA VIDA E DE GESTÃO



A - PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO



revisão normativa



Termo de Compromisso de Gestão: documento de formalização do Pacto nas suas dimensões Pela Vida e de Gestão.



Aprovação dos Termos de Compromisso de Gestão: Conselhos de Saúde.



Revisão: Anual, no mês de março





B - PROCESSO DE MONITORAMENTO



O processo de monitoramento dos Pactos deve seguir as seguintes diretrizes:



- processo permanente



- Orientado por indicadores, objetivos, metas e responsabilidades do Termo de Compromisso de Gestão;



VI - DIREÇÃO E ARTICULAÇÃO DO SUS



A direção do SUS: órgão do poder executivo e pelo respectivo Conselho de Saúde



O processo de articulação entre os gestores: CIT e CIB, que pactuarão sobre a organização, direção e gestão da saúde.



Composição da CIT (paritária)



Representação do:

Ministério da Saúde

Conselho Nacional de Secretários de Saúde – CONASS

Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde – CONASEMS



Composição da CIB (paritária)



Representação da:



Secretaria Estadual de Saúde

Conselho Estadual de Secretários Municipais de Saúde (COSEMS)

Secretário de Saúde da Capital (representante obrigatório dos municípios)



Tomada de decisão: consenso.




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